
Quando Deus Silencia: A Esperança Entre a Cruz e o Túmulo
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Jesus havia entregado o espírito. A terra tremeu. O véu do templo se rasgou. Tudo parecia ter terminado.
As cruzes agora estavam vazias. O corpo do Mestre havia sido retirado. José de Arimateia e Nicodemos prepararam Seu sepultamento (João 19:38-42). As mulheres observavam à distância, em luto silencioso (Mateus 27:61). O monte do Gólgota estava quieto — mas o céu também.
O que acontece quando o céu se cala?
O sábado que seguiu a crucificação foi um dia de profundo silêncio. Os discípulos estavam escondidos, confusos, talvez até com medo. O Filho do Deus vivo havia morrido… E agora?
É nesse momento que muitos de nós se identificam. Recebemos uma promessa. Sentimos o toque de Deus. Mas quando a dor chega e o silêncio se instala, começamos a duvidar do que ouvimos. Esquecemos o que Ele disse quando o céu estava aberto — e tentamos resolver tudo com as próprias mãos.
Mas o silêncio não é ausência. É terreno fértil para a fé. A Palavra que Deus liberou não caduca quando Ele se cala. Ela permanece viva, mesmo quando não vemos os frutos.
Deus trabalha mesmo quando não percebemos
No sábado, enquanto os discípulos se encolhiam de medo, o plano eterno seguia em movimento. O corpo estava no túmulo, mas a promessa não estava morta. O sacrifício havia sido aceito. O céu estava preparando o terceiro dia.
Como disse Jesus: “O grão de trigo que cai na terra e não morre, permanece só; mas se morre, dá muito fruto.” (João 12:24)
Não tente apressar o silêncio
O silêncio tem propósito. Ele nos ensina a confiar. A crer sem ver. A lembrar da Palavra mesmo quando tudo em volta diz o contrário.
Espere no Senhor. Não com inércia, mas com fé. A cruz foi apenas o começo. A pedra ainda será removida.
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