
A Última Ceia: O Cordeiro, a Aliança e o Convite de Volta à Mesa
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1. A Última Ceia era uma ceia de Páscoa
Jesus não estava apenas jantando com os discípulos — Ele estava celebrando a tradicional Páscoa judaica (Êxodo 12). Sobre a mesa, estavam todos os elementos da memória: pão sem fermento, vinho e ervas amargas. Mas naquela noite, o Cordeiro não era apenas lembrado. O Cordeiro estava presente.
2. Todos os símbolos apontavam para Ele
- O pão — partido, simbolizando Seu corpo (Lucas 22:19)
- O vinho — derramado, representando Seu sangue e a nova aliança (Lucas 22:20)
- As ervas amargas — relembrando a escravidão e a dor no Egito (Êxodo 12:8), agora ligadas ao sofrimento que Ele carregaria
Jesus tomou a plenitude da Páscoa e a cumpriu n'Ele mesmo.
3. O amargo não foi removido — foi assumido
Jesus não evitou a amargura. Ele a tomou. Ele bebeu o cálice do sofrimento até o fim (Mateus 26:39), para que nós pudéssemos beber do cálice da comunhão. Transformou a amargura da escravidão na doçura da redenção.
4. A aliança foi selada — e é contínua
Jesus declarou:
“Façam isto em memória de mim.” (Lucas 22:19)
“Todas as vezes que comerem deste pão e beberem deste cálice, anunciam a morte do Senhor até que Ele venha.” (1 Coríntios 11:26)
Ele não nos deixou monumentos ou tradições vazias. Ele nos deixou uma mesa — um lugar para lembrar, comungar e anunciar.
5. A mesa sempre foi o lugar do ministério de Jesus
Ao longo dos Evangelhos, vemos Jesus constantemente à mesa. Com pecadores, com amigos, com líderes religiosos. A mesa era o lugar da revelação, da inclusão, da restauração e do relacionamento.
“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.” — Apocalipse 3:20
6. A Última Ceia não foi o fim — foi o início
Aquela mesa apontava para outra: as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:9) — Onde cearemos novamente, não em memória da morte, mas em celebração da vida eterna.
7. E hoje?
Ainda somos convidados. Para a mesma mesa. Para lembrar não só o que Jesus fez, mas por que Ele fez. Porque a cruz não foi um momento — foi o centro de tudo. E toda vez que voltamos à mesa, voltamos ao centro da fé.
Jesus não nos deixou uma religião. Ele nos deu um lugar à mesa.