The Blood of the Lamb

O Sangue do Cordeiro

A história do sangue do cordeiro começa com o pecado de Adão e Eva e a necessidade de reconciliação com Deus. O derramamento de sangue sempre foi uma forma de expiação e proteção, estabelecendo o princípio de que o pecado deveria ser coberto com sacrifícios de sangue. Vamos explorar como o sangue do cordeiro foi fundamental na história do Antigo Testamento e como Jesus, o Cordeiro de Deus, cumpre perfeitamente esses requisitos.


1. O Estabelecimento do Sacrifício no Éden:

Após a queda de Adão e Eva no Jardim do Éden, Deus forneceu o primeiro sacrifício para cobrir a vergonha e o pecado de Adão e Eva. O próprio Deus matou um animal para cobrir a nudez do casal (Gênesis 3:21). Embora a Bíblia não diga diretamente que esse sacrifício tenha sido para perdão, ele foi uma primeira demonstração de como o pecado necessitaria de uma substituição por um sacrifício de sangue. A partir desse momento, os sacrifícios se tornaram um meio divino de expiação para restaurar a relação do homem com Deus.


Gênesis 3:21

“O Senhor Deus fez roupas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”


2. A Escolha do Cordeiro no Antigo Testamento:

Com o passar do tempo, Deus estabeleceu o sacrifício de animais, em especial o cordeiro, como meio de expiação pelos pecados do povo. Quando o povo de Israel estava cativo no Egito, Deus instituiu a Páscoa como um momento de salvação. Durante a décima praga, onde o anjo da morte passaria para matar os primogênitos, Deus pediu ao povo de Israel que marcassem as portas com o sangue de um cordeiro. Esse sangue não só protegia as casas dos israelitas da morte, mas também representava a salvação e o perdão. Esse sacrifício do cordeiro foi uma preparação para o sacrifício final de Cristo, que derramou Seu sangue para nossa verdadeira redenção.


Êxodo 12:7

“Então tomarão do sangue e o porão nos dois umbrais e na verga das portas, nas casas em que o comerem.”


3. Requisitos para o Cordeiro:

Deus deu orientações claras sobre o tipo de cordeiro que deveria ser sacrificado. O cordeiro precisava ser perfeito, sem defeito. Isso apontava para a pureza e a santidade necessárias para um sacrifício aceitável. O cordeiro deveria ser macho, de um ano, e ser sem defeito, representando a ideia de que o sacrifício para a expiação dos pecados deveria ser puro e sem falhas, simbolizando a pureza e santidade de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que, por ser perfeito, se tornou o sacrifício definitivo.


Êxodo 12:5

“O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano, e o tomareis das ovelhas ou das cabras.”


4. O Cumprimento de Cristo como o Cordeiro Perfeito:

Jesus é o Cordeiro perfeito, que cumpre todos os requisitos exigidos pela Lei. Ele foi sem pecado, sem falha e, como o Cordeiro de Deus, Ele se ofereceu como o sacrifício perfeito para a redenção eterna. Ao contrário dos sacrifícios repetidos do Antigo Testamento, o sacrifício de Cristo foi feito uma vez por todas, definitivo e eterno. Jesus não apenas se ofereceu como Cordeiro mas foi obediente até a morte, cumprindo o propósito de Deus de redimir o mundo.


João 1:29

“No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha para ele, e disse: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.’”


5. A Finalidade do Sacrifício de Cristo:

Enquanto o sacrifício de animais precisavam ser  realizados anualmente, o sacrifício de Jesus foi necessário apenas uma vez, pois foi um sacrifício completo e dura eternamente. E portanto já não é necessário outro sacrifício de animal, pois quando Jesus se entregou como sacrifício perfeito já perdoou nossos pecados completamente e para todo o sempre, nos tornando amigos de Deus novamente.

 

Hebreus 10:12

“Mas Cristo, havendo se oferecido uma vez para sempre, por um único sacrifício, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.”


6. O Significado Para Nós Hoje:

O sacrifício de Cristo nos mostra o custo do perdão e o quanto Deus nos ama. Ao refletirmos sobre o sangue de Cristo, entendemos que Ele pagou o preço de nossa salvação, nos trazendo liberdade do pecado e restaurando nossa comunhão com Deus. Nenhum outro sacrifício é necessário, porque o sacrifício de Cristo foi perfeito e completo.


Romanos 5:9

“Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.”


Mas, apesar de Jesus já ter perdoado todos os pecados, inclusive os pecados que ainda não cometemos, há um passo necessário para acessar esse perdão: reconhecer e confessar com nossa boca. Jesus já fez tudo, mas Ele nos ensina em Sua Palavra que o perdão é acessado através da confissão e fé no que Ele fez por nós.


Romanos 10:9

“Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.”


Portanto, o perdão de Deus está disponível para todos, mas precisamos reconhecer e aceitar esse perdão por meio de fé e confissão. O sacrifício de Cristo já deixou tudo pago, e o perdão já foi liberado, mas é necessário dar esse passo de fé para que possamos usufruir dessa graça e ter acesso à vida eterna.


 

Conclusão:

O sangue do cordeiro na Páscoa foi um símbolo de salvação e proteção, mas o sangue de Cristo nos liberta eternamente. Ao refletirmos sobre o sacrifício de Jesus, lembramos que Ele é o Cordeiro perfeito que tirou o pecado do mundo e nos oferece redenção eterna. O perdão já foi liberado, mas é necessário reconhecer e confessar para acessar essa graça maravilhosa.

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